“As análises foram recolhidas pela Vigilância Sanitária em 2017 e 2019 e enviadas para o estudo. Ao todo, 30% das amostras de páprica estavam adulteradas com urucum e milho. Já 81% das amostras de cúrcuma continham fragmentos de insetos e 30,3% delas estavam adulteradas com vegetais não informados. A noz-moscada tinha 11 amostras com fragmentos de insetos acima do permitido.
A fraude nesse tipo de alimento não é exatamente uma novidade, mas tem se tornando mais comum, a fim dos produtores obterem vantagens econômicas. As especiarias possuem alto valor econômico, complexidade e limitação da sua produção, por isso, a recorrência das práticas ilícitas.
Os riscos do consumo excessivo de itens com a presença de fragmentos de insetos ou outros elementos em quantidades acima do permitido é o de alergias e de outros quadros dessa natureza.
Infelizmente, não existem muitas formas de se precaver do consumo de temperos adulterados. Comprar em estabelecimentos de confiança e desconfiar de produtos com custo muito baixo podem ser algumas formas para outras pessoas”.
Este ano eu participei como assistente técnica em uma perícia oficial pelo Instituto Adolpho Lutz, onde foi detectada a presença de estruturas de milho na cúrcuma. O fabricante alega que é difícil encontras a matéria-prima isenta de fraude, o que demonstra que a prática está disseminada por todo o Mundo