Uma torta industrializada foi responsável pelo surto de botulismo em um paciente de 59 anos após a ingestão do produto.
A fiscalização da Vigilância Sanitária apontou falhas importantes nas etapas do preparo das tortas, e os principais pontos críticos observados foram: ausência de controle de qualidade no recebimento e utilização das matérias-primas; resfriamento do recheio em temperatura ambiente por tempo prolongado em suas várias etapas de preparação; conservação do produto acabado em temperatura inadequada por tempo prolongado e ausência de informação sobre o modo de conservação e consumo do produto (como reaquecer antes de consumir).
O estabelecimento também apresentou problemas sanitários estruturais, falta de manual de boas práticas, além de falta de registro de procedimentos realizados, tais como medições de temperatura e outros controles necessários para garantir a segurança dos alimentos.
O caso em questão indica, também, a necessidade premente de se ampliar as ações sanitárias com alerta, sobre os riscos oferecidos por determinados produtos, inclusive os assados, com recheios ou coberturas, que usualmente são conservados sem refrigeração no balcão de venda de estabelecimentos comerciais, como supermercados, padarias, rotisseries etc. Maior ênfase deve ser dada à educação em saúde para o consumidor, seja quanto aos riscos de determinados alimentos e requisitos a se observar no momento de adquirir produtos preparados ou quanto aos cuidados de conservação e consumo dos mesmos em casa, para se evitar doenças como o botulismo, diarréia e outras intoxicações.